domingo, agosto 19, 2007

Para um elo


Tateando as horas,
Um cálice se quebrou
Uma torrente paranóica de simulações-situações.
Interrompeu-se,
O sonho –
Imerso, real e sonho
Uma mesma coisa.

No sonho minha realidade
Frustada iterava.
Já não vivia mais.

É a repetição que criava
A realidade.
E um elemento constante,
Centro de minha reflexão –
Repouso egoístico.
Um ser,
Um elo.
A prisão!

Nem acaso, nem o fantástico;
Apenas aquela variação sobre o mesmo tema
Sempre sem desenvolvimento
Sem continuidade e ação
Numa pseudo-reflexão estava eu
Entre amigos, num falsear do ego –
Carícias que mantinham a situação,
Quando não me afastava do
Convívio.

Por isso ponho-me a escrever,
O cálice quebrou, cinco, sete pedaços...
A liberdade vislumbrei,
Porém não a consigo abraçar
Se ainda não conseguir compreeender
Nem separar os elos:
A muralha que cerca
Criando cotidiano
A mesmice reflexiva,
Existência degenerada
Impostura passiva
Do eu diante de mim mesmo.
E a liberdade num abismo.

segunda-feira, agosto 13, 2007



Correram, desesperados, os homens a lacrar o jarro
Por medo que males maiores viessem arrebatá-los.
Como que colados ao gargalo
As costas foram atacadas
Pelo medo, a mesma ilusão
Que encerra na pequenez da existência
A condição desamparada do homem sem seu deus
A clareza da ambigüidade
Renúncia e morte
A morte
O véu
Velar, revelar, ocultar
Verdade
O jogo mortal,
Esperam que este seja real.